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    23 de out. de 2007

    Da (in)competência da Câmara da Moita

    Faltam poucos dias para os três atletas do Ginásio Atlético Clube da Baixa da Banheira – a Cátia, a Patrícia e o Humberto – envergarem a camisola da selecção portuguesa no Campeonato do Mundo de Trampolins e de Tumbling a realizar no Canadá.

    Esta última modalidade tem as suas especificidades e exige especiais condições de treino, nomeadamente uma pista de 30 metros permanentemente montada. Ora o espaço coberto do Ginásio só permite metade da pista, que tem de ser armada e desmontada pelo atleta e pelo professor em cada dia de treino.

    Não havendo as condições mínimas indispensáveis para uma preparação adequada do atleta, o treinador tem procurado oferecer-lhe os serviços de outras colectividades melhor apetrechadas, mas muitas vezes, por razões óbvias, não o consegue.

    Para obstar a estas dificuldades, que urge ultrapassar de imediato, os professores Vítor Duarte e Idalécio Mariani solicitaram uma reunião à vereadora da Cultura e Desporto, na qual lhe sugeriram que tomasse as diligências necessárias para contactar os responsáveis pela antiga GEFA, a fim de possibilitar a utilização das suas instalações durante três a quatro semanas. Na eventualidade destas negociações falharem, alvitraram-lhe, em alternativa, que providenciasse a cedência temporária do Pavilhão da Câmara.

    Satisfeitos com a aparente disponibilidade da vereadora em ajudar, aguardaram esperançados pelo telefonema da dita; todavia … o telefone não tocou. Perante este facto, a funcionária da Secretaria do Ginásio tomou a liberdade de «importunar» o sossego desta nossa vereadora, que deveria ser da Cultura e do Desporto, inquirindo-a sobre a solução encontrada para os atletas. Como o leitor já imaginou, a resposta foi que não tinha solução.

    Mas a imaginação dos homens não deve ser menosprezada. Os citados professores tiraram um coelho da cartola. O Ginásio tem um espaço não coberto, usado para futebol de cinco, e, se bem o imaginaram, assim o fizeram: aproveitaram este espaço para colocarem a pista de 30 metros de Tumbling, onde os atletas, ao frio, ao vento e na semiobscuridade proporcionada por uns fracos holofotes, se preparam para representar Portugal no Campeonato do Mundo.

    E pronto. E ponto final. Que os vereadores não são eleitos (ou nomeados) para resolverem os problemas dos clubes e dos seus atletas; mas tão só para os convidar a abrilhantar os seus saraus, o dia da liberdade e o 1.ºde Maio no Parque José Afonso. E também, naturalmente, para hipocritamente os felicitar quando chegarem do Canadá com alguma inesperada medalha ao peito.

    Vítor Fernando Barros in "o Rio Online"

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